50 Tons Para Sempre(Cap. 2) - Por Paula Di Mingo

  • Capítulo 2

Acabo de tomar meu café, escovo os dentes e vou para o closet decidir a roupa a usar.
Acabo optando por uma blusa branca estilo nadador, uma saia longa discretamente
florida, um cinto marrom para não ficar muito sem graça e um par de sandálias sem
salto. Me encaro no espelho e vejo-me de uma forma muito diferente. Eu aparento estar
mais... caseira, mais casual, mais uma mulher casada, mãe de família e fico
maravilhada! Mas afasto a ideia da cabeça, ainda é muito cedo, certo? Já são quase 9 da
manhã e é melhor me apressar. Pego minha novíssima Vuitton - presente de Grace, que
combina com meu estilo - modelo o mais básico possível e vou encontrar Christian.
Ele está no BlackBerry e tem a outra mão no bolso do paletó . Está de costas para mim,
observando Seattle distraidamente. Devagar, chego perto dele, colocando a mão em seu
ombro e ele vira para me olhar.
– Oi. - Balbucio com um sorriso.
Ele levanta um dedo para dizer que já estava terminando a ligação e começo a me
afastar para dar-lhe privacidade, quando sinto seu braço envolver minha cintura
puxando-me para seu peito, onde eu passo os braços ao redor dele e pouso minha cabeça
bem em cima do seu coração. Escuto as batidas ritmadas de seu coração e me distraio
com ele afagando carinhosamente meu cabelo. Escuto-o se despedir:
– Sei disso pai... Tudo bem, passamos ai mais tarde, pode deixar. - E desliga. Beija o
topo da minha cabeça. - Pronta?
– É, estou pronta.- Endireito-me ao sentir Christian pegar minha mão e me levar em
direção ao elevador.
– Taylor? Estamos prontos. - Taylor se materializa a nossa frente, assente e assim
entramos os três no elevador.
Chegamos a garagem e vamos em direção ao meu R8. Olho curiosa para Christian, para
saber o motivo de usar o meu carro e não o dele. Mas afinal, onde está o dele? E
entendendo minha duvida,trata de responder, até rápido demais.
– Meu carro foi para a revisão. - E fecha minha porta.
– Ele não estava mais tão rápido para você Sr. Grey? - Provoco-o quando ele senta no
banco do motorista.
– Eu só o mandei para a revisão Anastásia, nada mais. - Responde secamente.
Nossa, o que aconteceu com o Sr. Todo Bonitinho e Todo Carinhoso de dois minutos
atrás? Jesus, essas mudanças repentinas de humor me irritam profundamente, acho que
deveria se consultar com Dr. Flynn mais vezes. Recosto-me no assento do carro e tento
me distrair da falta de educação do meu marido observando Taylor e Sawyer nos
seguirem pelo portão da garagem. Fico admirada como uma manhã de sexta-feira pode
ser tão diferente quando não se tem que trabalhar.
Como uma das mil e uma consequências em ser esposa do chefe, pude tirar o dia para a
consulta, sendo que o próprio Roach veio me dar esse recado. Eu disse que só precisava
da manhã, mas ele praticamente me intimou a tirar o resto do dia. Como a ideia de parar
de trabalhar por causa da gravidez nunca me ocorreu - bom, nem a gravidez não havia
me ocorrido tão cedo -, logo depois que sai do hospital, na primeira consulta com a Dra.Greene, perguntei-a se era necessário optar por alguma licença e para a minha
felicidade, e irritação do meu marido, ela disse que seria uma boa ideia continuar até
quando me fosse possível já que sabia o quando eu gosto do que faço. Foi o suficiente
para deixar Christian irritado pelo resto do dia. Uau, ele se irrita com tudo! Não sei mais
o que fazer. Dar-lhe o benefício da dúvida não está sendo mais o suficiente! Ele pediu fé
a paciência, e eu estou tendo, mas também estou precisando espairecer, porque a carga
Grey como sobrenome não é nada fácil. Talvez eu devesse voltar ao Dr. Flynn, mas
dessa vez sem Christian...
– Meus pais estão nos esperando em Bellevue depois da consulta. - Distrai-me talvez
propositalmente, mas agora sou eu quem não está com vontade de conversar.
– Ok. Antes preciso passar na SIP e pegar alguns arquivos com a Hannah.- E continuo
olhando através da janela. Agora mais por pirraça que qualquer outro motivo.
Sinto ele se remexer desconfortavelmente em seu banco e por uma mão sobre o meu
joelho. Fecho os olhos, conto até 30 e tento não dar atenção ao que seu toque desperta
dentro de mim. Meu subconsciente me repreende como a uma criancinha desobediente e
minha deusa interior estreita os olhos e balança a cabeça em negação. Decido ignorar
ambos. Seja difícil Ana, faça-o provar o próprio gosto!
Felizmente, quando já estou começando a perder a força de vontade de ignorar meu
sexy marido, chegamos ao bloco hospitalar onde a Dra. Greene atende.
Assim que
Christian estaciona e vejo o Audi com os seguranças estacionando ao nosso lado, pego
minha bolsa e saio com pressa do carro em direção a entrada. Alguns segundos mais
tarde, sinto Christian correndo ao meu encontro e segurando delicadamente minha mão.
– Ana? Você pode fazer o favor de me esperar?
– Estou com pressa e pretendo ligar para minha mãe antes de entrar para o consultório. -
Respondo usando essa tática mais para ganhar tempo do que para o real motivo que é
convidar minha mãe para vir passar o fim de semana conosco, tenho sentido a falta dela
nas ultimas semanas. Não que elas tenham sido ruins, pelo contrário. Mas, mais uma
vez eu me sinto oprimida pelo turbilhão emocional que é Christian Grey. Ele está
escondendo coisas de mim, isso é óbvio, e continua achando que não é importante
contar qualquer coisa, por mais insignificante que seja. Se ele pede confiança, o mínimo
que se espera é reciprocidade!
– Aconteceu alguma coisa com a Carla ou com Bobby?
– Não. – Respondo simplesmente empurrando a porta que nos leva a sala de espera do
consultório.
Rapidamente tiro meu celular da bolsa e noto um pequeno pontinho brilhando na tela do
aparelho: uma notificação do mesmo site de fofocas que anunciou nosso noivado e que
fez insinuações sobre o contrato nupcial. Não deve ser coisa boa... Decido ignora-la até
o fim da consulta. Checo o relógio e ainda são 9:20 , então tenho tempo de ligar. Minha
mãe atende no terceiro toque para minha sorte.
– Alô? – Ela atende. E nesse instante me dou conta do quanto senti falta dela. Não a
vejo desde o meu aniversário, quando Ray fora hospitalizado em Portland. E a forma
como contei que estava grávida não foi das mais justas. Ainda assim, foi só dizer “mãe,
estou grávida” que ela começou a chorar, dizer como estava feliz, e quantas coisas
precisaríamos comprar. Ela queria ter vindo para cá no mesmo dia, mas eu disse para
esperar mais um pouco, para que quando viesse, pudesse ficar mais tempo. Não foi
muito justo com a mulher que me carregou por nove meses...
– Oi mãe!
– Oi querida, está tudo bem?
– Tudo sim mãe, estou sentindo sua falta e resolvi ligar. – Digo para amolecer ainda
mais o coração dela.
– Ah minha filha, também estou morrendo de saudades. Estou louca para ver como você
está! Se já está aparecendo a barriguinha e tudo mais. As fotos que você me enviou não
estão mais sendo o suficiente! – Responde ela rindo.
– Então porque você não aproveita toda essa saudade e vem pra cá hoje? Tem um voo
que sai daí em algumas horas, e nós inda poderemos fazer muitas coisas aqui em Seattle
no fim de semana. – Lanço a ideia e cruzo os dedos.
– Ana, eu não sei. Bob e eu temos um jantar com os amigos dele na quarta-feira para
comemorar o aniversário do clube de golfe.
– Você pode voltar na segunda mamãe! Venha, por favor! Eu.. Quero dizer, nós
precisamos de você! – E torço para que minha inofensiva chantagem emocional
funcione.
– Ah querida, você me convenceu! Como se eu já não estivesse só esperando a
oportunidade para ir ver vocês. Então é melhor eu ir agendar a passagem. É melhor eu
correr. Ligo antes do embarque.
– Tudo bem. Estou te esperando, mãe. Te amo!
– Eu que agradeço, filha. Também te amo. – E desliga.
Me viro e encontro Christian me encarando de braços cruzados. Dou-lhe um sorriso
forçado, sento em uma das poltronas e começo a folhear a primeira revista que encontro,
nem me dando ao trabalho de saber do que se trata. Só tento fugir do olhar desconfiado
de meu marido. Ele se senta ao meu lado e ser que é questão de tempo até ele começar o
interrogatório. É quando ouço uma voz delicada e curiosa falando comigo:
– Você está de quanto tempo? – Pergunta.
– Me desculpe, não entendi.
– Grávida. Você está de quanto tempo? Desculpe a intromissão, é que eu vi a revista
que você está lendo, mas você quase não está com barriga.
–Ah, sim. Tudo bem. Estou de 15 semanas. E você? – Respondo olhando a imensa
barriga que camuflada por um vestido estampado muito requintado. Ela está com bem
mais tempo de gravidez que eu. Está na cara.
– Estou com 22 semanas. – Diz com os olhos brilhando de felicidade.
– Uau, parabéns. E é menino ou menina? – Pergunto realmente interessada.
– É um menino. Meu primeiro filho. Estamos tão contentes! – Responde virando-se para
sorrir para o marido que estava imperceptível atrás dela.
– Sim, muito felizes. É o primeiro de vocês também? – Pergunta o marido.
– Também é. – Responde Christian ao meu lado.
– Pais de primeira viagem então... Vocês já sabem o sexo? – Pergunta a sorridente
mulher.
– Não, ainda não. Quem sabe hoje não dê pra ficar sabendo? – Respondo com
sinceridade.
– Tomara que vocês consigam. Nós não conseguimos da primeira vez. Acho que fiquei
frustrada por não poder comprar as coisas da cor certa... – Que começa a rir e eu a
acompanho. – Ah, esqueci de me apresentar, eu sou Anne e esse é meu marido Josh
Lewis. – Anne estende a mão para minha e sorri para Christian que cumprimenta Josh
com um aceno.
– E eu sou Ana, e este é meu marido Christian Grey. – Respondo rezando para que eles
não saibam que ele é o Christian Grey. Infelizmente, só pela expressão deles vejo que
eles já sabem.
– É um prazer conhecê-los. – Responde Josh. Até que o telefone de Christian toca, mas
antes de sair para atendê-lo, coloca a mão sobre a minha e espera até que eu olhe em
seus lindos olhos cinzentos. Acabo olhando e ele sorri. Aquele sorriso de menino, de
quem acabou de aprontar uma mas precisa de permissão para algo.
Eu e Anne continuamos a conversar e terminamos por trocar o endereço de e-mail e
telefone. Descubro muitas coisas em comum com ela nos poucos minutos de conversa.
O marido também é empresário, que trabalha no ramo de saúde. Ela é formada em
Letras e trabalha na Seattle University. Quando Christian volta, um aparentando uma
pouco mais relaxado, parecendo mais com a idade que tem, ele e Josh começam a
conversar sobre novos tipos de cicatrizantes com alguma enzima que é extraída do
dente. Não presto muita atenção pois estou envolvida em meu assunto com Anne.
– Bom Anne, se você estiver disponível amanhã, eu e minha mãe iremos fazer algumas
compras, passar o dia por ai. Ela vem da Georgia para me ver, pela primeira vez de que
descobri a gravidez. Você poderia ir também. – Convido-a.
– Ah Ana, eu não quero atrapalhar. E tem um tempo que você não vê sua mãe...- Diz
meio sem graça.
– Pelo contrário, você estaria me ajudando e muito! – Tento convencê-la.
– Quem sabe... – E é interrompida quando a recepcionista diz:
– Sra.Anastásia Grey, a Dra. Greene está te aguardando.- E volta a atenção para seu
computador.
– Bom, minha vez, é melhor eu ir. Foi ótimo te conhecer Anne. Se você mudar de ideia
me ligue! Até mais Josh. – Despeço-me
– Até mais Ana, Sr. Grey. – Responde Josh.
–Até mais Sr. Lewis – Cumprimenta Christian com um aperto de mão.
– Vamos Ana? – E Christian abre a porta para mim.
Entramos no corredor que leva ao consultório. Paro em frente a porta e antes de bater na
porta, olho nervosa para Christian que inclina a cabeça até ter a testa colada na minha e
suspira.
– Vai dar tudo certo, não se preocupe. – Dizendo isso, entrelaça seus dedos nos meus e
bate na porta.
– Pode entrar. – Diz Dra. Greene.
Christian e eu entramos no confortável consultório. Ela nos indica duas cadeiras em
frente a sua mesa e começa:
– E então Ana? Como tem passado as ultimas semanas? - Pergunta.
– Foram boas, mas está ficando complicado tentar achar uma posição confortável a
noite. – Respondo sincera.
– Não querendo soar desanimada, mas não vai melhorar muito daqui para frente. – E
sorri pra mim. – Você tem tomado as vitaminas nos horários certos? Elas tem tido
algum efeito?
– Além do sono excessivo, nenhum outro efeito. Todas no horário certo. – E completo: -
A governanta de minha casa tem seguido a dieta que você me transcreveu
metodicamente.
– Muito bem Anastásia, mas nenhum desconforto, ou mal estar? – Pressiona.
– Não, nada mais. –
– Isso é muito tranquilizador, aparenta o bom desenvolvimento do bebê, então creio que
esteja tudo bem. Hoje no ultrassom vamos fazer o teste de translucêncianucal para
medir o acumulo de líquido na nuca do bebê. Se estiver tudo bem, então sem mais
recomendações e você poderá ficar tranquila todo o restante da sua gestação. Sem
contar que podemos tentar descobrir o sexo do bebê hoje, se vocês quiserem. – Conta
observando a reação de Christian que me choca. Ele parece submerso em cada detalhe
do que ela fala e responde animadamente:
– Sim, nós queremos saber.
– Tudo bem então. Anastásia, você pode me acompanhar até a sala de ultrassonografia
enquanto o Sr. Grey nos aguarda. – E se dirige em direção a salinha ao lado
– Eu não vou poder entrar? – Pergunta Christian que parece chocado.
– Eu só vou me preparar, depois ela vem te chamar. – Respondo rindo dele por dentro e
mordendo o lábio para não rir na frente dele.
Entro na sala que já está se tornando tão familiar pra mim, tiro meu cinto, coloco-o na
poltrona e me deito na cama confortável demais enquanto ela começa a me ajeitar.
Abaixa o cós da minha saia, coloca algumas tiras largas de papel para não sujá-la e
levanta delicadamente minha blusa até a parte de baixo dos meus seios, em seguida vai
até a porta e chama Christian:
– Sr. Grey, já pode entrar.
– Obrigado – Responde com um toque de que? Tensão? Nervosismo?
– Acho que você já está um pouco mais familiarizada com o processo agora, não é? –
Entendendo errado a preocupação em meus olhos.
– Sim, um pouco. – Sendo melhor resposta que meu cérebro conseguiu formar.
– Então vou passar um pouquinho de gel, assim ... – E aperta o frasco que expeli o
creme gelatinoso em minha barriga – e agora... – Pega o transdutor, espalha o gel e
começa a procurar o bebê – Aqui está! – E pausa a imagem.
Fico fascinada com o que vejo. Já não é mais um pontinho. Já toma a forma de um bebê,
consigo ver a volta das bochechas, a barriga e as perninhas. Meu Deus! Mal posso
acreditar! A emoção é indescritível. É como se eu estivesse o vendo pela primeira vez!
Lágrimas silenciosas escorrem pelo meu rosto e nesse instante me lembro de Christian.
Ele está parado feito uma estátua encarando a tela onde Dra. Greene agora tira as
medidas do bebê. Eu estou assustada, isso é óbvio, mas não consigo deixar de pensar no
quando isso tudo é perfeito. No quanto eu quero pegar meu Pontinho no colo e aninhalo
em meus braços...
– Anastásia, você gostaria de ter as fotos impressas? Se sim, quantas cópias. – Pergunta
a doutora tirando-me de meus devaneios.
– Sim, seis cópias por favor. –
– Ok. Agora vamos ao sexo. Estão prontos para a grande revelação?
– Acho que sim – E solto uma risada meio boba de tanta empolgação. – Christian? –
Chamo-o.
– Sim? Desculpe, por favor, nos conte. – Responde meio abestalhado. Se isso não
amolecer o coração dele, não sei o que vai.
– Então eu lhes digo que o primeiro bebê de vocês é ... – O suspense é doloroso – É um
menino!
Um menino?
Meu Pontinho é um menino?
Deus do céu! Não imagino como eu poderia estar mais feliz do que agora! Como uma
pessoa como eu pode ganhar de um dia para o outro tudo aquilo que precisa para ser
feliz e ainda mais além? O Christian estava errado quando achou que só teria lugar para
o bebê em meu coração. Ele estava tremendamente enganado! É como se meu coração
tivesse inchado, como se ele estivesse suportando uma sobrecarga, mas que ao invés de
fazê-lo falhar, só o faz bombear ainda mais. Como se fosse isso tudo o que eu precisava
durante todos esses anos em que me senti nada. Quando achei que não existia um lugar
decente pra mim no mundo. Quando eu não tinha fé em mim mesma. Eu encontrei meu
lugar no mundo. Meu lugar, sem dúvida alguma é ao lado do Christian. Nosso lado é
junto dele. Mas eu preciso de apoio agora. Apoio de verdade. E eu tenho que saber até
onde ele vai poder me oferecer isso.
Olho para ele e o vejo alternar os olhos da telha para mim e de mim de volta para a tela.
É quando eu sorrio e ele segura minha mão. E com a mão livre, ele enxuga uma única
lágrima que escorre pelo seu lindo rosto.
– Como eu suspeitava, está tudo certo com o menininho de vocês, então não há muito
mais com o que se preocupar. Vou dar um minuto para vocês enquanto revelo as fotos.
– Limpa minha barriga, desliga o monitor e sai da sala.
Passam longos segundos com Christian e eu nos encarando até que ele vem lentamente
ao encontro de meus lábios, proporcionando-me um beijo cheio de paixão e sussurra em
meu ouvido:
– Obrigado Ana. Obrigado por ter fé e não desistir de mim. – E não resistindo às
palavras dou-lhe meu sorriso de “felicidade plena” e começo a rir que nem uma boba.
Nós saímos da sala e voltamos para o consultório onde a médica me passa mais algumas
vitaminas essenciais, as fotos e me pede somente para não pegar muito peso.
Com isso saímos do hospital de mãos dadas, cada um com um sorriso maior que o do
outro nos lábios. Avisamos a Taylor e Saywer que precisamos passar na SIP e entramos
no carro.
– Você parece contente Sra. Grey – Provoca Christian.
– Como não estar Sr. Grey? – Respondo jogando o jogo dele.
– Quem diria hein? Um menino!
– Um menino! – E coloco as mãos em minha barriga. Christian não consegue parar de
sorrir.
Chegamos na SIP e vamos em direção à minha sala. Em frente a meu escritório,
encontro Hannah compenetrada em alguma tarefa que parece usar toda a sua
concentração. Ela se assusta quando me vê.
– Oh Ana! Achei que não viesse hoje! – E levanta-se desajeitadamente. Consigo sentir
de longe que ela usa o perfume que eu trouxe para ela de minha lua de mel.
– Eu passei para pegar os arquivos que eu pedi para você separar para mim. Você
conseguiu separá-los?
– Sim, e vou pegá-los, só um momento. – E sai quase correndo. Ela é tão prestativa!
Escuto o telefone de Hannah vibrar e me lembro da notificação em meu celular. Corro
para ver a atualização misteriosa. E lá está! Uma foto minha com Christian logo atrás de
mim abrindo a porta do bloco hospitalar com os seguintes dizeres: “Então parece que o
ricaço Christian Grey está encomendando alguns presentinhos da cegonha, será que
ela vai demorar muito tempo? E o que será que a Sra. Grey acha disso? Pouco feliz
não acredito que esteja! Fiquem ligados e aguardem mais notícias

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